Guerra Civil no Brasil pode acontecer? A dúvida, certamente, encontra sustentação na realidade (e os números demonstram).
Afinal, segundo dados do UNODC, o Brasil possui a espantosa liderança no número de mortes violentas no planeta, embora nossa população equivalha somente a 3% do mundo.
Por isso, entenda hoje se uma Guerra Civil no Brasil pode acontecer, o que é guerra civil e o que você pode fazer para se preparar com base em exemplos recentes.
O que é guerra civil?
A Guerra Civil se caracteriza como o conflito armado entre agentes civis organizados sob a autoridade de um mesmo Estado-Nação soberano.
Desse modo, diferentemente de uma guerra convencional, entre Estados distintos (como a guerra ativa entre Rússia e Ucrânia), na guerra civil, os conflitos ocorrem dentro do mesmo país.
Ou seja, trata-se de uma guerra ”doméstica”, na qual toda a sociedade civil sofre diretamente seus efeitos.
Por isso, é comum se perguntar se uma Guerra Civil no Brasil pode acontecer, ou ainda, se já acontece neste instante.
Você também possui essa dúvida?
Então conheça agora a resposta, em detalhes.
O Brasil está em guerra civil?
Para muitos analistas e pesquisadores do tema, a resposta é sim.
Somente em 2020, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Brasil somava o número absoluto de 47.772 homicídios.
Desse modo, nosso país se consolidou como o maior do mundo em termos de homicídios em números absolutos, superando países como Índia e Colômbia.
Por outro lado, para parâmetros de referência, o Brasil quase chega, todo ano, ao número total de mortos em 4 anos da Guerra do Iraque.
Nesse sentido, a lei 12.850/2013, em seu ”§ 1º , conceitua organização criminosa, como:
”[…] a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional”.
Em outras palavras, os criminosos promotores da Guerra Civil, são passíveis de imputação de crimes previstos nesta lei.
Por outro lado, em casos extremos, de repercussão nacional, à luz do artigo 137. da CF, poderá ser instaurado o Estado de Defesa.
O Estado de Defesa será decretado pelo Presidente da República, após ouvidos o Conselho da República e da Defesa Nacional.
Além disso, o Estado de Defesa deverá ser apreciado pelo Congresso Nacional dentro de 24 horas do seu ato, e sua aprovação dependerá de aprovação por maioria absoluta das casas legislativas.
Seu objetivo é preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social, que estejam ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional.
Por fim, provada a ineficácia do Estado de Defesa, poderá ser decretado o Estado de Sítio.
A primeira arma é a informação
A preparação por parte da sociedade civil, para eventos traumáticos de grandes proporções como a Guerra Civil, demanda um grande número de fatores, como:
- Habilidades de sobrevivencialismo;
- Experiência com o manejo de armas de fogo;
- Condicionamento físico;
- Planejamento de fugas e emergências;
- Conhecimento em APH tático e noções de primeiros socorros;
- E muito mais.
Entretanto, para todos os casos, a primeira arma é a informação.
Afinal, toda ação, como o ato de se preparar, somente é efetiva e se inicia através de informações de qualidade, relevantes e assertivas.
Por isso, acompanhe agora mesmo informações de qualidade sobre Segurança Pública, Privada e Defesa no Segurança em Xeque!